4 Motivos por que os Pugs Roncam muito: Entenda as Causas e Como Ajudar Seu Pet

Os Pugs são cães muito queridos por sua personalidade dócil e aparência marcante. No entanto, um fenômeno comum e muitas vezes curioso para os donos é o ronco frequente desses cães. Embora os pugs roncam muito possa parecer apenas um som engraçado, ele pode estar associado a questões de saúde importantes. Como especialista em saúde canina e comportamento, vou explicar os 4 motivos principais que fazem os Pugs roncarem, os riscos envolvidos e como proporcionar uma melhor qualidade de vida ao seu amigo.

Por Que os Pugs Roncam? Conheça os Principais Motivos

O ronco nos Pugs não é apenas uma característica natural; muitas vezes, ele está relacionado a fatores anatômicos, fisiológicos e ambientais que interferem na respiração. A seguir, detalhamos os motivos mais frequentes.

1. Anatomia Braquicefálica e Vias Aéreas Estreitas

Os Pugs pertencem ao grupo de cães braquicefálicos, ou seja, têm o focinho curto e achatado. Essa característica física, tão charmosa para quem ama a raça, é também a principal causa dos roncos frequentes.

O que significa ser braquicefálico?

Braquicefalia refere-se a uma conformação craniana em que o focinho é muito curto em relação ao tamanho do crânio. Isso causa uma série de adaptações anatômicas, especialmente nas vias aéreas, que ficam comprimidas e estreitas.

Como essa anatomia gera ronco?

  • Narinas estreitas (estenose das narinas): Muitos Pugs têm narinas pequenas ou parcialmente fechadas, o que dificulta a passagem do ar. Esse esforço extra para respirar pelo nariz gera um som vibratório característico do ronco.
  • Palato mole elongado: O palato mole é uma estrutura de tecido mole que fica na garganta. Nos Pugs, ele frequentemente é mais longo do que o normal, caindo parcialmente na traqueia e bloqueando parcialmente as vias aéreas durante o sono ou esforço físico.
  • Colapso das vias aéreas: A pressão negativa que ocorre durante a inspiração pode fazer com que as paredes da traqueia e laringe se estreitem ou até colapsem, agravando ainda mais o ronco e podendo causar falta de ar.

Esse conjunto de fatores torna a respiração do pug mais turbulenta e barulhenta, especialmente durante o sono, causando o ronco persistente.

2. Sobrepeso e Obesidade Agravam os Roncos

Outro fator que interfere diretamente na intensidade e frequência do ronco dos Pugs é o excesso de peso. A obesidade é uma condição que afeta a saúde geral do cão e influencia a função respiratória.

Por que o sobrepeso piora o ronco?

  • Acúmulo de gordura nas vias aéreas: O excesso de tecido adiposo ao redor do pescoço e garganta pressiona ainda mais as vias aéreas, dificultando a passagem do ar.
  • Maior esforço respiratório: O pug precisa fazer mais força para respirar, o que aumenta a vibração dos tecidos e, consequentemente, o ronco.
  • Risco de apneia do sono: Em casos mais graves, o excesso de peso pode levar à apneia obstrutiva do sono, uma condição em que o cão para de respirar por curtos períodos durante o sono, causando risco à saúde.

Manter o pug com o peso ideal é uma das estratégias mais eficazes para reduzir o ronco e garantir sua saúde a longo prazo. A alimentação balanceada, associada a exercícios físicos adequados, deve ser orientada por um veterinário.

3. Inflamações, Alergias e Doenças Respiratórias

A saúde das vias aéreas superiores dos Pugs é um ponto sensível. Inflamações causadas por alergias, infecções ou irritantes ambientais aumentam a congestão nasal e o inchaço das mucosas, dificultando ainda mais a passagem do ar.

Principais condições que agravam o ronco:

  • Rinite alérgica: Reação alérgica a pó, fumaça, poeira ou outros agentes irritantes que causa inflamação e produção excessiva de muco.
  • Sinusite: Infecção dos seios nasais que causa congestão e dor, além de prejudicar a respiração normal.
  • Infecções respiratórias: Resfriados, traqueítes e outras infecções podem levar a obstrução temporária das vias aéreas.
  • Prolapso da glândula da terceira pálpebra: Embora não cause diretamente o ronco, essa condição ocular pode levar a desconforto geral que afeta o comportamento respiratório do cão.

Se o seu pug apresentar sintomas como secreção nasal, tosse, espirros frequentes ou dificuldade para respirar, é fundamental procurar um veterinário para diagnóstico e tratamento adequado. Tratar essas condições ajuda a melhorar a respiração e reduzir os roncos.

4. Fatores Ambientais e Postura Durante o Sono

Além dos aspectos internos do organismo, fatores externos e comportamentais também influenciam a frequência e intensidade do ronco nos Pugs.

Ambiente seco e irritantes

  • O ar seco, comum em ambientes com aquecimento ou ar condicionado, resseca as mucosas e pode causar irritação, aumentando a congestão nasal e o ronco.
  • Poeira, fumaça e produtos químicos também irritam as vias aéreas, especialmente em cães sensíveis como os Pugs.

Postura ao dormir

  • Dormir de costas é a posição que mais favorece o ronco, pois a língua e o palato mole podem obstruir ainda mais a passagem do ar.
  • Incentivar o pug a dormir de lado pode ajudar a manter as vias aéreas mais abertas.

Dicas para melhorar o ambiente

  • Use um umidificador para manter o ar mais úmido, principalmente em climas secos.
  • Evite o uso de produtos com cheiro forte perto do local onde o pug dorme.
  • Garanta uma cama confortável, onde o cão possa escolher a posição que favoreça a respiração.

Como Amenizar os Roncos do Seu Pug: Cuidados Essenciais

Embora os roncos sejam comuns em Pugs, existem medidas importantes para reduzir esse incômodo e melhorar a qualidade de vida do seu cão.

Controle de peso e alimentação

Manter o peso ideal é fundamental para aliviar a pressão nas vias aéreas. Consulte um veterinário para elaborar uma dieta balanceada e um plano de exercícios adequado à idade e saúde do seu pug.

Visitas regulares ao veterinário

Avaliações periódicas ajudam a identificar problemas respiratórios, alergias ou infecções que podem estar contribuindo para o ronco.

Cirurgias corretivas para casos graves

Em situações mais graves de obstrução das vias aéreas, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados, como a correção das narinas estreitas ou o encurtamento do palato mole.

Cuidados com o ambiente

Manter um ambiente limpo, umidificado e livre de irritantes é fundamental para a saúde respiratória do pug.

Quando o Ronco é Sinal de Alerta?

É importante ficar atento se o ronco do seu pug vier acompanhado de:

  • Dificuldade para respirar mesmo acordado.
  • Tosse persistente.
  • Cianose (língua ou gengivas azuladas).
  • Letargia e cansaço fácil.
  • Episódios de desmaio ou falta de ar durante o sono.

Nesses casos, procure imediatamente um veterinário especializado para avaliação detalhada.

Saiba mais :Problemas respiratórios em pugs : Cuidados e Prevenção

Conclusão

Os roncos nos Pugs são comuns, mas não devem ser ignorados. Eles são resultado da combinação da anatomia braquicefálica, sobrepeso, inflamações e fatores ambientais. Com cuidados adequados, acompanhamento veterinário e atenção ao peso e ambiente do seu cão, é possível reduzir os roncos e melhorar a qualidade de vida do seu pug.

Se você quer garantir noites mais tranquilas para toda a família e, principalmente, a saúde do seu pug, invista em cuidados preventivos e esteja sempre atento aos sinais do seu pet.

Maria Fernanda é a criadora do blog Meu Pet Amor, um espaço dedicado a todos que enxergam seus animais de estimação como parte da família. Apaixonada por pets e movida pelo desejo de promover o bem-estar animal, ela compartilha conteúdos informativos, experiências pessoais e dicas valiosas para ajudar tutores a cuidarem melhor de seus companheiros. Com uma linguagem acessível e acolhedora, Maria Fernanda transforma conhecimento em carinho e orientações práticas em gestos de amor pelos animais.

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