Olho Seco em Pugs (KCS): Conheça os Riscos da Ceratoconjuntivite Seca


A ceratoconjuntivite seca em pug, também conhecida como olho seco ou KCS (Keratoconjunctivitis Sicca), é uma doença oftalmológica crônica que pode comprometer seriamente a saúde ocular do seu pet. Essa condição é muito comum em raças braquicefálicas como o pug, e pode causar desconforto, dor intensa e até cegueira, se não tratada adequadamente.

Neste guia completo, você vai entender o que é o olho seco em pugs, seus sintomas, causas e os melhores tratamentos disponíveis, além de aprender como prevenir e identificar precocemente essa condição que afeta a saúde ocular dos pugs.


O que é ceratoconjuntivite seca (KCS)?

A ceratoconjuntivite seca é uma doença inflamatória da córnea e da conjuntiva causada pela diminuição ou ausência da produção de lágrimas. Sem lubrificação adequada, os olhos ficam secos, irritados, inflamados e vulneráveis a infecções.

A lágrima é essencial para manter a córnea hidratada, oxigenada e protegida contra agentes externos. Quando sua produção diminui, a córnea fica exposta, levando ao surgimento de úlceras, pigmentação da superfície ocular e, em casos mais graves, perda de visão.


Por que os pugs são mais propensos ao olho seco?

O olho seco em pugs ocorre com frequência devido a características anatômicas e predisposição genética:

1. Exoftalmia (olhos proeminentes)

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Os olhos do pug são grandes e salientes, ficando mais expostos ao ambiente e, consequentemente, mais vulneráveis ao ressecamento.

2. Braquicefalia

O crânio achatado dificulta o fechamento completo das pálpebras, prejudicando a distribuição da lágrima sobre a superfície ocular.

3. Doenças imunomediadas

A KCS pode estar ligada a reações autoimunes, nas quais o organismo ataca as próprias glândulas lacrimais, levando à sua destruição progressiva.


Sintomas do olho seco em pugs

A ceratoconjuntivite seca em pug geralmente se desenvolve de forma lenta e silenciosa. Por isso, é importante ficar atento aos primeiros sinais, que incluem:

  • Vermelhidão nos olhos
  • Secreção espessa (amarelada ou esverdeada)
  • Olho opaco ou sem brilho
  • Córnea ressecada e pigmentada
  • Coceira constante ou olhos semicerrados
  • Lacrimejamento ausente ou muito reduzido
  • Infecções oculares frequentes
  • Mudança no comportamento, como evitar luz ou esfregar o rosto

Em casos avançados, podem ocorrer úlcera de córnea, cicatrizes e até perda da visão.


Como diagnosticar a ceratoconjuntivite seca?

O diagnóstico do olho seco em pugs é feito por um veterinário oftalmologista, geralmente utilizando o teste de Schirmer. Esse exame simples e indolor mede a quantidade de lágrima produzida em um minuto com o auxílio de uma fita de papel absorvente.

Valores abaixo de 10 mm por minuto indicam produção lacrimal insuficiente. Outros exames complementares, como a coloração com fluoresceína, ajudam a identificar lesões na córnea ou alterações na estrutura ocular.

Saiba mais aqui :Úlceras de Córnea em Pugs: Sintomas, Causas e Tratamento Imediato


Tratamento do olho seco em pugs

O tratamento da ceratoconjuntivite seca em pug é crônico, ou seja, será necessário manter os cuidados pelo resto da vida do cão para evitar complicações.

Principais abordagens terapêuticas:

1. Colírios imunomoduladores

  • Substâncias como a ciclosporina ou tacrolimus ajudam a estimular as glândulas lacrimais e reduzir a inflamação.

2. Lágrimas artificiais

  • Lubrificantes oftálmicos ajudam a hidratar e proteger a córnea.

3. Pomadas antibióticas e anti-inflamatórias

  • Usadas em casos de infecção secundária ou lesões na superfície ocular.

4. Cirurgia (em casos extremos)

  • Em casos muito graves e refratários ao tratamento clínico, pode-se recorrer à parotidoductostomia, cirurgia que redireciona a saliva para o olho, substituindo a lágrima natural.

Importante: Nunca use colírios humanos em cães sem prescrição. Isso pode agravar a inflamação e causar sérios danos.


Como prevenir o olho seco em pugs?

Embora a KCS não possa ser evitada completamente, você pode adotar medidas preventivas para minimizar os riscos:

  • Realize exames oftalmológicos de rotina com veterinário especializado
  • Mantenha os olhos do pug limpos com gaze e soro fisiológico
  • Evite ambientes com poeira, vento forte ou fumaça
  • Ofereça alimentação de qualidade, pois a nutrição afeta a saúde ocular
  • Observe diariamente os olhos do cão, especialmente se ele já teve problemas

A prevenção é o melhor caminho para preservar a saúde ocular do pug e garantir seu bem-estar.


Qual o tempo de tratamento?

O tratamento do olho seco é contínuo e requer disciplina. O pug precisará de colírios e monitoramento para o resto da vida, especialmente em casos autoimunes.

É fundamental seguir todas as orientações veterinárias e não interromper o uso dos medicamentos, mesmo que o cão pareça bem.


Convivendo com a KCS: qualidade de vida possível

Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, o pug pode ter uma vida longa e confortável. Muitos tutores relatam melhora significativa após o início dos colírios, com diminuição do desconforto e da secreção.

Manter a higiene dos olhos e as consultas regulares com o oftalmologista veterinário são os pilares para evitar o avanço da ceratoconjuntivite seca.


Conclusão

A ceratoconjuntivite seca em pugs é uma condição delicada, mas controlável. A chave está na atenção aos sinais iniciais, diagnóstico precoce e adesão rigorosa ao tratamento. O pug é um cão sensível, e os olhos são um de seus pontos mais vulneráveis. Portanto, todo cuidado é pouco.

Com acompanhamento veterinário e uma rotina de cuidados bem estabelecida, é totalmente possível manter a visão e a qualidade de vida do seu pug mesmo com o diagnóstico de olho seco.

Maria Fernanda é a criadora do blog Meu Pet Amor, um espaço dedicado a todos que enxergam seus animais de estimação como parte da família. Apaixonada por pets e movida pelo desejo de promover o bem-estar animal, ela compartilha conteúdos informativos, experiências pessoais e dicas valiosas para ajudar tutores a cuidarem melhor de seus companheiros. Com uma linguagem acessível e acolhedora, Maria Fernanda transforma conhecimento em carinho e orientações práticas em gestos de amor pelos animais.

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